Resultados negativos da fosfoetanolamina
Em março de 2017, o Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) suspendeu a inclusão de novos participantes nos testes com fosfoetanolamina sintética em função da falta de comprovação da eficácia no combate ao câncer. Apesar de não ocorrerem efeitos colaterais significativos, apenas um indivíduo (com melanoma) obteve resposta dos 73 com tumores sólidos avançados tratados com o produto. A maioria dos avaliados (69,7%) apresentou progressão da doença. Em outros 19 indivíduos (28,8%), a doença ficou estável. Em 2016 o Icesp iniciou o estudo que teve como objetivo avaliar a taxa de resposta dos participantes que utilizavavam a droga.
A fosfoetanolamina sintética era produzida no campus de São Carlos da Universidade de São Paulo pelo Grupo de Química Analítica e Tecnologia de Polímeros. Era distribuída a pacientes com câncer sem ter sua eficácia comprovada por meio de estudos clínicos, e sem ter registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O fornecimento do produto era amparado apenas nos dados de pesquisas pré-clínicas que sugeriam que a droga tinha atividade anticâncer.
Quando o laboratório da universidade parou de produzir e distribuir as cápsulas, houve inúmeras ações na Justiça pedindo o restabelecimento do fornecimento do produto com grande repercussão nacional.