A indicação de uma cirurgia torna-se relativamente fácil quando o cirurgião tem o conhecimento técnico, tem a ciência que os benefícios superarão os danos, e o paciente possui condições clínicas para tolerar o procedimento. O difícil é decidir quando não operar, principalmente quando a doença é avançada. Para muitas destas situações necessita-se levar em consideração os parâmetros da doença, fatores de risco, objetivos cirúrgicos, possíveis complicações cirúrgicas e clínicas e preferências e valores do paciente e da família.

Certamente, os casos em que o cirurgião está em dúvida sobre operar ou não, precisam ser levados para reunião multidisciplinar, onde estarão presentes cirurgiões, oncologistas clínicos, radioterapeutas e radiologistas para tomada da melhor decisão.  Imprescindível é a comunicação eficaz com o doente e familiares, e isto requer tempo e paciência. Saber ouvir o doente, suas angústias e opiniões, tornará a decisão de operar ou não um pouco menos complexa.